Análise - DOOM
Ao contrário do que possam imaginar, esta é praticamente minha primeira experiência com a série DOOM. Pois quando ganhei meu primeiro computador, lá por volta de 1998, a era do FPS já estava bem difundida (exatamente por causa do sucesso do primeiro DOOM de 1993) e o primeiro do gênero que me recordo de ter jogado foi o tal de Blood da Monolith Productions, um dos jogos mais violentos de 1997! Nesta época, eu não tinha muito acesso à jogos, e só joguei Blood, por causa da extinta revista CD Expert. E além disso, uns dois anos depois, eu ganhei o PS1 e conheci Medal of Honor, que me fez perder de vez o total interesse por DOOM (achava ultrapassado). Entretanto, sinto uma certa inveja de quem vivenciou esta época do nascimento dos jogos de tiro em primeira pessoa, pois gostaria de tê-lo curtido no lançamento!
Mais de 20 anos se passaram desde o lançamento do clássico e, mesmo sem ter o jogado, pude sentir o carinho e o capricho que os desenvolvedores tiveram para resgatar a essência da série com este reboot.
DOOM é um jogo de tiro “raíz”, onde ficar parado não é a melhor opção! Ele te coloca no meio de uma ação frenética ao som de um rock pesado, onde você enfrenta monstros, ou melhor, demônios dos mais variados tipos e tamanhos. Com isso sua adrenalina vai às alturas e que para mim, foi uma das experiências mais divertidas com jogos dos últimos tempos!
Você assume o papel de Doomguy, o famoso protagonista de nome desconhecido da série, que acorda em Marte numa base totalmente desvastada por demônios, pois um portal para o inferno foi aberto. Sua missão: matar a todos e fechar o portal.
Desta vez, a trama é um pouco mais elaborada do que isso, contando com uma narrativa fluida e bem feita, além de ter diversos documentos espalhados pelo jogo que complementam muito bem a história. Ah, aproveitando a deixa, o jogo é totalmente localizado para o português brasileiro e conta com uma dublagem excelente!
Entretanto, o grande atrativo do jogo é com certeza sua mecânica quase que perfeita e viciante para um jogo de tiro, onde o nível de dificuldade vai subindo progressivamente conforme avança no jogo. Você começa sendo apresentado ao seu traje, conhecido como Praetor Suit, a uma pistola de munição infinita e a seu primeiro inimigo. Atire nele sem dó, aí de repente ele começa a piscar laranja, é nesta hora que você conhece um dos recursos mais viciantes do jogo: a execução gloriosa (Glory Kills), onde você finaliza o inimigo de forma violentamente brutal com apenas um botão!
Conforme você avança, a quantidade de inimigos vai aumentando, assim como, seus tamanhos. Porém, seu arsenal também aumenta, contando com shotguns (são duas: a combat e a super), metralhadora giratória, rifle de assalto, arma de plasma e de raio, granadas, serras elétricas, bazucas e a mais mortal, desvastadora e famosa BFG-9000, onde com apenas um tiro elimina praticamente todos inimigos presentes na sala de uma só vez. E quase todas elas possuem upgrades que você pode realizar durante o jogo, basta encontrar os drones espalhados pelas fases.
Ao todo são 13 fases, todas elas bem trabalhadas e com áreas abertas, onde escondem vários segredos. Em cada fase, você tem vários recursos extras que você pode explorar, tais como:
- Desafios: Onde cada fase tem o seu e são algo do tipo: execute “x” inimigos com uma granada, faça “x” execuções gloriosas em diabretes e por aí vai;
- Testes de runas: Uma espécie de portal que você encontra na fase e que te transporta para um desvio à parte, como por exemplo, eliminar todos os inimigos da arena em um determinado tempo;
- Drones de campo: Eles oferecem modificações para suas armas, mas às vezes, estão bem escondidos;
- Guardas de Elite: São guardas que foram mortos em batalha, mas que você consegue retirar o chip do traje deles e colocar no seu, melhorando assim seu traje;
- Células Argent: São esferas vermelhas que melhoram sua energia e habilita novos recursos;
- Segredos: Estes são apenas colecionáveis, podendo ser um bonequinho do Doomguy ou áreas escondidas que representam alguma fase clássica do primeiro e segundo DOOM, inclusive com o mesmo visual da época, bem legal! :)
Visualmente o jogo é ótimo e tem uma performance muito boa, pois o jogo tem um ritmo muito rápido e, em nenhum momento percebi alguma lentidão, engasgo ou algo do tipo. A trilha sonora também é fantástica, principalmente para aqueles que curtem um som pesado e, com certeza, é ela quem dita a emoção do jogo!
Por fim, além da ótima campanha single player (que só por ela já vale o jogo), tem o modo SnapMap, onde você pode criar seu próprio mapa do jogo. E tem também o modo Multiplayer, que não foi desenvolvido pela mesma equipe e que acabou deixando um pouco a desejar, mas é divertido para quem curte. Eu confesso que nem dei bola para estes modos, só joguei a campanha principal que já valeu e muito!
E é isso! Talvez não tenha consiguido transmitir o quão legal é esse DOOM, mas ele superou todas minhas expectativas, pois é violento, agressivo e extremamente delicioso! Recomendo à todos!
DOOM foi desenvolvido pela id Software e publicado pela Bethesda em 2016 para as plataformas PlayStation 4, Xbox One, PC e recentemente saiu para o Nintendo Switch (incrível, não?)!
DOOM
PlayStation 4
Desenvolvido por: id Software
Publicado por: Bethesda
Data de Lançamento: 13 de Maio de 2016
Gênero: FPS
Finalizado em: 10 de Novembro de 2017